O UniCEUB/BRB/Brasília conquistou ontem o título da Liga Sul-Americana de clubes ao vencer o Flamengo por 96 a 86. Foi o quarto título de destaque nos últimos quatro anos, de uma equipe que disputou as últimas quatro finais do campeonato brasileiro e ganhou duas. O jogo teve todos os ingredientes de uma grande decisão: rivalidade entre os times, alternâncias constantes no placar, tensão em quadra, e um basquete de excelente nível.
A diferença do jogo, surpreendentemente, foram as cestas de três pontos. O aproveitamento nos arremessos de dois foi igual entre os times, 64%, mas o Brasília converteu 14 de 31 arremessos de três (45%) enquanto o Flamengo acertou apenas 5 de 29 (17%), com os irmãos Marcelinho e Duda combinando apenas 2 arremessos convertidos em 17 tentados da linha de três. O Brasília mostrou um jogo mais coletivo, com o dobro de assistências do Flamengo, e a pontuação distribuída entre seus principais jogadores: Guilherme, Nezinho e Alex. Voltou a mostrar, também, sua inconstância, cometendo 17 erros e permitindo ao Flamengo uma média de 30 pontos por quarto no primeiro e terceiro períodos (contra média de 13 pontos no 2º e 4º quartos).
Para somar, no sábado a equipe sub-17 do Distrito Federal conquistou o vice-campeonato brasileiro ao perder para São Paulo (este sim o verdadeiro berço do basquete) por 81 a 59. Quem dera surgisse um visionário que aproveitasse o fato de não haver em Brasília equipes de futebol ou de vôlei com destaque, e transformasse a Capital também na capital do basquete, com um trabalho pesado de estímulo à prática e formação de jogadores.
Nota: a rodada do NBB deste fim de semana ficou totalmente em segundo plano. E com a Liga das Américas prestes a começar, podemos esperar mais adiamentos de jogos e perda de espaço na mídia. A boa noticia é que os dirigentes já perceberam a sangria e tentarão consertar o calendário para a próxima temporada.
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