19 de outubro de 2010

Para aumentar o apelo é preciso inovar

Me deparo com a notícia do adiamento do campeonato nacional feminino. O motivo principal é a falta de patrocinador, e me pergunto mesmo que retorno publicitário uma empresa teria com esta competição. Tenho a impressão que os dirigentes e organizadores do esporte não são muito criativos ou realistas. O nacional feminino é organizado pela Liga de Basquete Feminino (LFB), e inspirado na experiência bem-sucedida do masculino. Copiou-se o modelo, inclusive com o mesmo calendário. Ou seja, competições paralelas disputando espaço na mídia, e ainda concorrendo com a NBA, cuja temporada segue na mesma época e com olhos cada vez maiores no Brasil e na América Latina.

Mesmo a WNBA, versão feminina do basquete americano e que abriga uma boa parte das melhores jogadoras do mundo, possui um calendário complementar ao masculino, com a temporada se iniciando durante os playoffs da NBA (para aproveitar o frisson na mídia) e seguindo durante as férias, de forma a garantir aos torcedores alguma atividade nos meses de julho, agosto e setembro. Para completar, os times compartilham a estrutura de ginásios e centros de treinamento com o masculino, tornando o custo operacional mais baixo e garantindo qualidade.

Me parece um modelo bem mais eficiente, que poderia ser reproduzido por aqui. Os times masculinos, que já contam com patrocinadores e infraestrutura, poderiam estender suas atividades para as equipes femininas, mantendo o basquete em evidência durante o entre-temporadas, e aumentando o vínculo do torcedor com os clubes.

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